A dor reumática crónica de ritmo mecânico classicamente e por definição é a dor do movimento, que piora com o movimento e com o esforço. As dores geralmente são piores ao fim do dia, quando a sobrecarga daquela articulação se faz sentir de maneira mais intensa. A dor de ritmo mecânico melhora com o repouso, com o descanso. Apresenta uma Rigidez Matinal, isto é, uma certa dificuldade em executar os movimentos ou até mesmo a sensação de dor após um período de repouso ou inactividade, bastante curta, não ultrapassando os 15 a 30 minutos.
Classicamente, representa a globalidade das doenças degenerativas articulares. Isto é, a Osteoartrose. Pode acometer as articulações periféricas de carga como os joelhos e as coxo-femorais. Mas também articulações que sofrem movimentos repetitivos por períodos de tempo muito prolongados podem estar acometidas. Entretanto o esqueleto axial, isto é, a coluna, também pode sofrer as alterações aqui descritas, tendo como exemplo a Espondilose.
Os exames que comprovam estas alterações são por excelência as radiografias. As análises laboratoriais não são específicas.
O tratamento é sempre multidisciplinar. Na crise de dor, os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares impõem-se. A fisioterapia irá complementar este tratamento, tentando através das diversas técnicas aliviar a dor, mas também fortalecer a musculatura que sustenta as articulações envolvidas através de exercícios dirigidos para cada caso, na tentativa já de prevenir novas crises.
As ajudas técnicas, já tão bem divulgadas pela terapeuta ocupacional Ana Tavares, são importantes quando existe algum tipo de comprometimento da função daquela articulação seja ou não por dor. Em alguns casos, a dor indica a necessidade de se efectuar uma cirurgia daquela articulação, embora apenas quando a função também se encontra comprometida de maneira acentuada.
Fundamentalmente, na Osteoartrose, é antes do que tudo importante prevenir. A prevenção é um dos mais eficazes tratamentos da dor! A postura correcta, saber carregar um peso, saber como se sentar e uma alimentação equilibrada, para além de combater o excesso de peso e as doenças associadas, são fundamentais para um esqueleto saudável.
Dr.ª Vera Las