Actualmente, não existe cura para a doença. No entanto, existem vários medicamentos eficazes e técnicas de reabilitação que permitem aliviar a dor e melhorar a mobilidade, possibilitando uma boa qualidade de vida.
Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINE) constituem sempre, salvo estejam contra-indicados, a abordagem inicial do tratamento, conseguindo na maioria dos casos reduzir e por vezes mesmo suprimir a inflamação. O controlo da inflamação permite o alívio da dor e da rigidez, permitindo um melhor repouso durante a noite. Podem ser utilizados por períodos prolongados de tempo, com as devidas precauções.
Um dos aspectos mais importantes do tratamento são os exercícios de reabilitação ao nível da coluna vertebral e exercícios respiratórios, de modo a fortalecer os músculos da coluna e evitar a rigidez e perda de mobilidade da própria coluna vertebral.
Em alguns doentes com EA com evolução mais significativa da doença, e quando esta afecta outras articulações além da coluna vertebral, pode ser útil a utilização de sulfasalazina ou metotrexato, geralmente em associação com os AINE.
Nos últimos anos ficaram ainda disponíveis os chamados “tratamentos biológicos”, que são dirigidos especificamente para os componentes da resposta imunológica que intervêm nesta doença. Estes fármacos são utilizados quando a medicação mais tradicional não foi eficaz no controle da doença e estão autorizados em Portugal o adalimumab (Humira®), o etanercept (Enbrel®) e o infliximab (Remicade®).
Os doentes com envolvimento de articulações periféricas ou tendões podem beneficiar de infiltrações locais com corticosteróides. Os corticóides sistémicos só são benéficos em casos pontuais, pelo que devem ser utilizados de forma criteriosa.
A cirurgia tem um papel limitado no tratamento da EA. Quando existe uma articulação muito danificada, pode então ser necessária uma intervenção cirúrgica; isso acontece com mais frequência ao nível das ancas, com necessidade de colocação de uma prótese articular.
O que é a Espondilite Anquilosante? Causas Sintomas Diagnóstico A Espondilite Anquilosante e o antigéneo HLA-B27 Tratamento Evolução da Espondilite Anquilosante Exercício físico Vida profissional Gravidez e aconselhamento genético Conselhos práticos
Dr.ª Helena Santos